quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
O Guardador de Rebanhos
Nenhum poeta é tão bem humorado, despreocupado, irreverente de uma forma sutil como é a pessoa de Pessoa que se chama Alberto Caeiro.
Em seu livro O Guardador de Rebanhos é de se deliciar com seus versos qualquer um bom apreciador de um humor de Salomão em Eclesiástes (mesmo que este não fizesse por querer, nem que Caeiro fizesse por querer - eu simplesmente acho graça e sinto gozo ao ler os versos desses dois poetas - aqui peço licença para categorizar Salomão como sábio poeta).
A diferença entre os dois nestes livros, "Eclesiástes" e o que dá título ao post - diferença a meu ver -, é que Salomão me parece um reclamão mau humorado enquanto Caeiro é aquele reclamão brincalhão; aquele que fala o que pensa e sorri depois de o ter feito.
Tenhamos bom ânimo e sorriso no rosto, há problemas mas que não passam de problemas. Não pense muito nem se condene muito, apenas aja!
O disco hoje recomendado é Beggars Banquet dos loucos do Rolling Stones.
Amor é Lei, Amor Sob Vontade
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Caro Caio, sempre achei Pessoa um chato, embora reconheça nele qualidades dos grandes poetas. Mas os portugueses, com exceção de Bocage e Cesário Verde, são tediosos, talvez até por se sentirem herdeiros de grandes criadores universais, como Camões, por exemplo.
ResponderExcluirMas dos 4, prefiro Ricardo Reis.
Grijó
Ah, esqueci-me, numa injustiça praticamente indesculpável: Alexandre O'Neil é dos bons também. Tenho seus poemas ompletos. Vale.
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