sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Carisma ou Um Bom Representante Político

Ouço muito por aí que não se vota no Serra por falta de carisma ou até na Dilma também por falta de carisma e que se vota no Lula, por exemplo, porque tem carisma.

Mas pensem bem, vota-se em um cadidato por seu carisma ou pelo seu poder de gestão indubitável, por um sorriso ou por uma proposta de lei ou de projeto que possibilite ativos virarem capital?

É muito difícil crer em argumentos como: "ah, não convence, ele não tem aquele carisma", mas que bobeira sem tamanho, pois que não se deve gostar de quem governa e sim gostar do governo de quem representa.

Ontem numa aula de que gosto e em que também gosto da professora ela disse que não é convencida pelo Serra pela falta de carisma e que não votaria na Dilma de forma alguma. Afirmou gostar do Serra e de sua capacidade e linguagem, mas que ainda não estaria convencida de que votaria nele pela falta de carisma. Daí volto, por que ter de haver carisma em quem o que deve sobrar é capacidade e governabilidade?

Enfim, é uma tristeza a medida por um adjetivo não tão necessário de um cadidato. A falta do carisma pode ser ruim, mas a falta de escrúpulo ou de competência e grau de educação pode ser arrasadora.


Não podemos partir, esperamos por Godot

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Capixaba com Orgulho, Camará!

Bom, muito se vê por aí de Capixabas que preferem ir para outras cidades em outros estados e em outros países porque "em Vitória não tem nada", este é o argumento da maioria.
Pois bem, visto que não temos nada, por que é que o Estado só cresce em termos populacionais e financeiros e por que empresas multinacionais têm querido vir para cá ao invés de São Paulo, Rio, etc.?
Não ter nada é o quê, não ter onde 'baladar'? Mas lugar nenhum cresce com balada, camará.

Enfim, o meu foco hoje não seria falar do desenvolvimento capixaba em termos nacionais (o maior), mas sim chamar a atenção para um fato triste.
Todos querem um lugar melhor, mais bonito, mais bacana, com maior acesso à cultura e, claro, por que não?, baladas.
Porém, as coisas não vêm duma hora para outra. É preciso que tudo tenha a atenção devida para que os capixabas cresçam todos juntos e não somente o terreno, o espaço capixaba cresça para outras pessoas que venham pegar empregos aqui assistindo aos capixabas irem para outros lugares para conseguir os mesmos empregos (fazendo assim um fluxo tosco que consiste em uma troca de estados/cidades/países/etc.).

Bom, para terminar de ilustrar esta embrulhada já embromada, ontem fui à praia de Camburi para caminhar, correr, nadar, etc. e vi que há tanto lixo, mas tanto lixo que dá desgosto de se estar lá (a praia de Camburi é linda como nenhuma outra).
Comecei a catar o lixo, portanto, que havia em demasiada quantidade dentro da água: sacolas e sacos de pano. E à medida que catava o lixo mais eu o catava. E foi então que tive uma epifania de ordem civil.
Que tal nos organizarmos, os Capixabas, e ter comprometimento em limpar a cidade nós mesmos? Pois quem suja a cidade somos nós. Desta forma, se cada um de nós não só jogarmos o nosso lixo onde se deve jogar e ainda assim catarmos o lixo que fica pelo perímetro das lixeiras (uma coisa vergonhosa), assim poderemos facilmente limpar toda a cidade e fazer com que ela fique ainda mais bela, mais confortável e mais atraente para quem a visita e para nós mesmos.

É claro, de igual forma, que não seria da noite para o dia tal transformação. Saibamos, todavia, que a mudança virá de nós mesmos. Não adianta sentar ou trabalhar e assistir ao suposto progresso que ele não virá a partir da proatividade de uns poucos; o progresso vem, doravante, do esforço pleno de todos nós.

Nós somos os verdadeiros governantes e os governadores/senadores/deputados/etc., por sua vez, apenas nos representam: daí o nome democracia representativa.

Portanto, façamos a nossa parte, e criemos um espaço de invejar até os gaúchos, camará!


Não podemos partir, esperamos por Godot.