terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

"Idiotismo"



Temos visto, principalmente aos frequentadores da Universidade, sempre jovens comunistas lutando ou militando, marchando em direção à igualdade e à vida justa, à utopia que é o comunismo.

Não só é utopia como é um sistema que, e nisso sou sempre borbardeado pelos ditos comunistas aos quais prefiro chamar "comunistas de botique", promove a preguiça e a vagabundagem.

O que caracteriza os jovens comunistas (até porque não existem comunistas)? Uma vida fácil sem necessidade de lutar pelo pão nem por nada, tudo é dado pelos pais ou progenitores... e por que eles viram comunistas ou pensam que viram comunistas? Porque, e nisso também sou bombardeado, é uma teoria bonita em defesa do mais fraco. Eu diria em defesa do inútil que não quer contribuir decentemente mas, por sua vez, prefere sugar e sugar.

Lembrei disso tudo hoje não sei porquê. Mas, uma vez enquanto estava tirando xerox de uns textos dos quais precisaria para algumas aulas na Universidade encontrei um professor da área de Ciências Socias por ali, parado e tranquilo e ele estava tirando xerox dum texto muito interessante do Foucault que infelizmente não consegui terminar de ler - porque não quis nem precisei - e perguntei a ele sobre o texto, descontraidamente como quer quem conversar sobre algo interessante casualmente. Conversamos um pouco e não lembro como mas a direção da conversa apontou aos jovens comunistas, o que me intrigou... e ele me disse, quando perguntei quanto à genese desse fato curioso, que são comunistas porque nunca tiveram trabalho nem dinheiro na mão deles, nem liberdade suficiente para poder comprar o que quisessem se quisessem. Com o que eu concordei na hora e juntos rimos de termos dito que se tivéssemos dinheiro para comprar uma Ferrari compraríamos sem titubear.


O termo que dá título ao post é para provocar e incitar discussão, não é necessariamente para agredir - nem para categorizar; é simplesmente uma opinião pequena em meio às vastas por aí.



Enfim, sugiro hoje o disco Quadrophenia dos The Who.





Amor é Lei, Amor Sob Vontade

2 comentários:

  1. Bem, "Quadrophenia" é mais bem estruturado que "Tommy", mas ainda fico com o cego, surdo e mudo.

    Bem, quanto à postagem, vc, de certa forma, reduziu demais o comunismo, que, como teoria, é das mais discutidas e polemizadas. Dizem até - para riso quase geral - que Jesus era comuna. A foto do René Burri é bacana. O Che está posando, coisa que ele fazia bem, mas tem o charme dos grandes revolucionários.

    Na universidade vi de todo tipo de comunista: dos que queriam pegar em armas; dos que liam Marx e não compreendiam bulhufas; dos que queriam pegar mulher (e não pegavam, a não ser outras comunistas); dos que se levavam a sério e liam Gramsci, Lukács e Raymond Williams e assim por diante.

    Tive um sogro que soltou uma máxima, em fins dos 80: Só há dois locais em que o comunismo de3u certo: a Albânia e a Ufes.

    Grijó

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  2. Sua passividade me dá nauseais. O objetivo do estado- um dos- é defender o mais fraco; o objetivo da lei é defender o mais fraco; entre outros o próprio contrato tira a auto-tutela do mais forte....
    Eu caio nunca compraria essa Ferrari e, se tivesse, morreria de depressão antes. O fato de você reconhecer a liberdade da compra e venda “pelo menos no sentido da liberdade primária liberal” já mostra sua comodidade refrescante. Quero que você justifique a existência dessa liberdade no plano mais fiel à doutrina moderna. Em síntese: Como justificar a autonomia de quem compra? “ser o particular incluído na direção do todo. sentido de liberdade na teoria democrática”
    Muito individualista seu objeto e âmbito de pensamento. O seu homem é homem e não se move nem interfere no outro numa maneira minimamente tangível. Você é proprietário, possui segurança, volta e vai à faculdade com integridade e é descrente das ações coletivas. Poderia ter vivido aqui em séculos diferentes e não possuir coisas naturais para o homem de hoje. Mesmo assim, prefere partir desta ótica incerta para justificar como não agir.
    Prefiro o passivo inclinado à mudança, que é um corpo com potencial que na sua relação aos próximos estimula a rápida e total mudança, do que o corpo que acredita na justa proporção do ter desconsiderando o mínimo de necessidades –inalienáveis e inerentes- da natureza humana.

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