Ouço muito por aí que não se vota no Serra por falta de carisma ou até na Dilma também por falta de carisma e que se vota no Lula, por exemplo, porque tem carisma.
Mas pensem bem, vota-se em um cadidato por seu carisma ou pelo seu poder de gestão indubitável, por um sorriso ou por uma proposta de lei ou de projeto que possibilite ativos virarem capital?
É muito difícil crer em argumentos como: "ah, não convence, ele não tem aquele carisma", mas que bobeira sem tamanho, pois que não se deve gostar de quem governa e sim gostar do governo de quem representa.
Ontem numa aula de que gosto e em que também gosto da professora ela disse que não é convencida pelo Serra pela falta de carisma e que não votaria na Dilma de forma alguma. Afirmou gostar do Serra e de sua capacidade e linguagem, mas que ainda não estaria convencida de que votaria nele pela falta de carisma. Daí volto, por que ter de haver carisma em quem o que deve sobrar é capacidade e governabilidade?
Enfim, é uma tristeza a medida por um adjetivo não tão necessário de um cadidato. A falta do carisma pode ser ruim, mas a falta de escrúpulo ou de competência e grau de educação pode ser arrasadora.
Não podemos partir, esperamos por Godot
Caio, meu caro, num país em que a classe política é nivelada por baixo, e o pré-conceito é a ordem do dia (já que insistem em dizer que todo político é ruim), o que conta realmente é a impressão do indivíduo sobre outros. Carisma é, em tese, o magnetismo pessoal de cada um. Serra não tem; Dilma, muito menos. Marina idem. Mas aí é que está: já que o magnetismo é "pessoal", ele vale, também, para a subjetividade do receptor, de modo que a interpretação de cada um é que vale.
ResponderExcluirAbraço, camarada.
Grijó