sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Carisma ou Um Bom Representante Político

Ouço muito por aí que não se vota no Serra por falta de carisma ou até na Dilma também por falta de carisma e que se vota no Lula, por exemplo, porque tem carisma.

Mas pensem bem, vota-se em um cadidato por seu carisma ou pelo seu poder de gestão indubitável, por um sorriso ou por uma proposta de lei ou de projeto que possibilite ativos virarem capital?

É muito difícil crer em argumentos como: "ah, não convence, ele não tem aquele carisma", mas que bobeira sem tamanho, pois que não se deve gostar de quem governa e sim gostar do governo de quem representa.

Ontem numa aula de que gosto e em que também gosto da professora ela disse que não é convencida pelo Serra pela falta de carisma e que não votaria na Dilma de forma alguma. Afirmou gostar do Serra e de sua capacidade e linguagem, mas que ainda não estaria convencida de que votaria nele pela falta de carisma. Daí volto, por que ter de haver carisma em quem o que deve sobrar é capacidade e governabilidade?

Enfim, é uma tristeza a medida por um adjetivo não tão necessário de um cadidato. A falta do carisma pode ser ruim, mas a falta de escrúpulo ou de competência e grau de educação pode ser arrasadora.


Não podemos partir, esperamos por Godot

Um comentário:

  1. Caio, meu caro, num país em que a classe política é nivelada por baixo, e o pré-conceito é a ordem do dia (já que insistem em dizer que todo político é ruim), o que conta realmente é a impressão do indivíduo sobre outros. Carisma é, em tese, o magnetismo pessoal de cada um. Serra não tem; Dilma, muito menos. Marina idem. Mas aí é que está: já que o magnetismo é "pessoal", ele vale, também, para a subjetividade do receptor, de modo que a interpretação de cada um é que vale.

    Abraço, camarada.

    Grijó

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