segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Uma Vez, Sempre


Neste campeonato brasileiro temos acompanhado um Flamengo disposto e cativante, grande e franco favorito ao título. Não dá pra negar que este time é o time a ser batido do campeonato.

Em sua última partida jogou um jogo meio apático, lento; porém coeso e conciso na zaga e no meio; com poucas chances reais de gol?, sim. Mas com domínio do jogo com a bola no pé; sem contar que quando Ronaldo ou Thiago pegam na bola sempre há mais de 8 sombras por suas silhuetas.

O que surpreendeu foi a entrada de Jael, jogador que confesso não acreditei que fosse nem chutar, quanto mais carimbar a trave logo em sua primeira tentativa.

O Flamengo continua poderoso, pesado, imponente e um grande causador de raiva e inveja.

Torço e, sobretudo, acredito no título invicto.


quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

O Mundo, a Natureza, a Inteligência Infinita ou Deus - ou seja, como quer que você chame - segue uma lógica. Tal lógica é completamente diferente da nossa lógica (que por vezes nada tem de lógica). A lógica da fome, da sede, da necessidade de procriar, do impulso da vingança que se resume a xingar quando se machuca ou a bater de volta quando se leva um tapa, esta lógica é a lógica do Mundo ou da Natureza ou Inteligência Infinita ou Deus. "A loucura dos os homens é a sabedoria de Deus". Mas simplesmente porque traz equilíbrio e harmonia a tudo, não porque é instinto. E, óbvio, não se resume a aquilo.

E já que essa lógica é louca ou apenas diferente da nossa existem várias "loucuras" que podem ser feitas por nós através de Deus ou do Mundo ou da Natureza ou da Inteligência Infinita. Umas delas é dizer a uma árvore que se mova de um lugar a outro - lembrando-se sempre de que esta frase consiste numa metáfora.

Sobre a frase de locomoção da árvore, atenhamo-nos a ela.

Através do pensamento, do desejo ou da "obsessão" tudo se pode. Desta colocação é que provém frases como "tudo posso naquele que me fortalece" ou "pra Deus nada é impossível". Mas não é algo louco, é apenas algo da Natureza ou de Deus que existe e pouca gente sabe ou se importa ou credita/acredita. Uns chamam poder de Deus, outros Lei da Atração, outros de Sorte, outros destino e há quem chame de vários nomes; porém o princípio do pensamento vivo que é matéria e que viaja pelo mundo é algo secreto, é uma chave sagrada.

Nós humanos, entretanto, a tudo estragamos e tornamos o diamante em carvão.

Jesus vira um símbolo do dinheiro ou cruzadas, a bíblia sinônimo de ignorância e ambos são de fato o contrário: são instrumentos de libertação em todos os sentidos; mas só pros que leem nas entrelinhas, só pros chegados à metáfora.

E dessa embrulhada decorre o mais cretino dos acontecimentos: a torre de babel do conhecimento, a confusão mental confundida com a sabedoria, a real esquizofrenia que é pensar que o mundo é o que se vê a olho nú ou que aquilo do noticiário é a verdade absoluta; e por tudo isso - que é pouco - sofremos e sofremos e não sabemos por quê.

Ah, vida...




Não podemos partir, esperamos por Godot.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Carisma ou Um Bom Representante Político

Ouço muito por aí que não se vota no Serra por falta de carisma ou até na Dilma também por falta de carisma e que se vota no Lula, por exemplo, porque tem carisma.

Mas pensem bem, vota-se em um cadidato por seu carisma ou pelo seu poder de gestão indubitável, por um sorriso ou por uma proposta de lei ou de projeto que possibilite ativos virarem capital?

É muito difícil crer em argumentos como: "ah, não convence, ele não tem aquele carisma", mas que bobeira sem tamanho, pois que não se deve gostar de quem governa e sim gostar do governo de quem representa.

Ontem numa aula de que gosto e em que também gosto da professora ela disse que não é convencida pelo Serra pela falta de carisma e que não votaria na Dilma de forma alguma. Afirmou gostar do Serra e de sua capacidade e linguagem, mas que ainda não estaria convencida de que votaria nele pela falta de carisma. Daí volto, por que ter de haver carisma em quem o que deve sobrar é capacidade e governabilidade?

Enfim, é uma tristeza a medida por um adjetivo não tão necessário de um cadidato. A falta do carisma pode ser ruim, mas a falta de escrúpulo ou de competência e grau de educação pode ser arrasadora.


Não podemos partir, esperamos por Godot

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Capixaba com Orgulho, Camará!

Bom, muito se vê por aí de Capixabas que preferem ir para outras cidades em outros estados e em outros países porque "em Vitória não tem nada", este é o argumento da maioria.
Pois bem, visto que não temos nada, por que é que o Estado só cresce em termos populacionais e financeiros e por que empresas multinacionais têm querido vir para cá ao invés de São Paulo, Rio, etc.?
Não ter nada é o quê, não ter onde 'baladar'? Mas lugar nenhum cresce com balada, camará.

Enfim, o meu foco hoje não seria falar do desenvolvimento capixaba em termos nacionais (o maior), mas sim chamar a atenção para um fato triste.
Todos querem um lugar melhor, mais bonito, mais bacana, com maior acesso à cultura e, claro, por que não?, baladas.
Porém, as coisas não vêm duma hora para outra. É preciso que tudo tenha a atenção devida para que os capixabas cresçam todos juntos e não somente o terreno, o espaço capixaba cresça para outras pessoas que venham pegar empregos aqui assistindo aos capixabas irem para outros lugares para conseguir os mesmos empregos (fazendo assim um fluxo tosco que consiste em uma troca de estados/cidades/países/etc.).

Bom, para terminar de ilustrar esta embrulhada já embromada, ontem fui à praia de Camburi para caminhar, correr, nadar, etc. e vi que há tanto lixo, mas tanto lixo que dá desgosto de se estar lá (a praia de Camburi é linda como nenhuma outra).
Comecei a catar o lixo, portanto, que havia em demasiada quantidade dentro da água: sacolas e sacos de pano. E à medida que catava o lixo mais eu o catava. E foi então que tive uma epifania de ordem civil.
Que tal nos organizarmos, os Capixabas, e ter comprometimento em limpar a cidade nós mesmos? Pois quem suja a cidade somos nós. Desta forma, se cada um de nós não só jogarmos o nosso lixo onde se deve jogar e ainda assim catarmos o lixo que fica pelo perímetro das lixeiras (uma coisa vergonhosa), assim poderemos facilmente limpar toda a cidade e fazer com que ela fique ainda mais bela, mais confortável e mais atraente para quem a visita e para nós mesmos.

É claro, de igual forma, que não seria da noite para o dia tal transformação. Saibamos, todavia, que a mudança virá de nós mesmos. Não adianta sentar ou trabalhar e assistir ao suposto progresso que ele não virá a partir da proatividade de uns poucos; o progresso vem, doravante, do esforço pleno de todos nós.

Nós somos os verdadeiros governantes e os governadores/senadores/deputados/etc., por sua vez, apenas nos representam: daí o nome democracia representativa.

Portanto, façamos a nossa parte, e criemos um espaço de invejar até os gaúchos, camará!


Não podemos partir, esperamos por Godot.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Tucano ou Petista?

Tenho visto entrevistas dos principais candidatos à Presidência da República e a única conclusão a que chego é que a querela Tucano x Petista/Lulista continua próxima do que foi nos últimos anos.

Um candidato acusa o outro e ambos os candidatos multados por apressarem as propagandas eleitorais.
Desta vez algo curioso é que o presidenciável Tucano não, ainda, atacou o atual governo, à parte críticas e análises políticas e econônimas (vide Entrevista Roda Viva com o Tucano). Quem o fez foi seu vice Índio Costa  do DEM, apontando e afirmando que "todos sabem que o PT tem ligação com as FARC e com o narcotráfico". O PT já tem resposta mas esta não está disponível no sítio Tucano porque o Tribunal Superior Eleitoral suspendeu através do ministro Henrique Neves por a resposta e o processo estarem sendo ainda analisados pelo plenário do TSE, portanto, os Tucanos não seriam obrigados a veicular a dita resposta (Fonte Estadão).

Não acho que tenha sido razoável ou pertinente a declaração do vice de José Serra por apresentar teor de calúnia, entretanto igualmente acho que o povo decidirá por si mesmo (ou não, por não ter plena competência para o fazer) e, logo, a resposta Petista não seria, de fato, tão necessária.

Mas voltemos à questão primeira: em quem votar?

Votar em um candidato com competência e estudo e experiência internacional econômica com mestrado e doutorado na própria disciplina Economia, que lutou pra chegar onde está por ser filho de feirantes ou na candidata comunista que acredita em ajudar os pobres sem os 'ensinar a pescar' - pois só se ajuda ensinando?

Votar na candidata supostamente ligada ao narcotráfico e que foi ligada a partidos de força armada ou votar num democrata e liberal?

Perguntas que eu não sei responder e que quando as dirijo a pessoas cada um me dá uma resposta diferente - sempre apontando o erro do candidato opositor a suas diretrizes.

Enfim, o que fazer? Esperar pelos debates em tevê aberta, pesquisar nos sítios eletrônicos (e se for tudo manipulado de forma que cada sítio dê a informação como bem entende?), ler os códigos e estatutos de cada partido (mas e se o que está no papel não for o que, de fato, vigora?)?

Muitas perguntas com mais respostas ainda.


Não podemos partir, esperamos por Godot

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Um Sorriso Inesquecível - "A Smile to Remember" de Charles Bukowski

"Um Sorriso Inesquecível"


A gente tinha peixinhos-dourados e eles nadavam de cá pra lá no aquário
que ficava na mesa perto do cortinado pesado que cubria a janela gigante
que a gente tinha e minha mãe, sempre sorrindo, queria que a gente ficasse feliz
e me dizia: "Henrique, seja feliz!" e ela tava certa porque é melhor ser feliz se der
Mas meu pai continuava a surrar a gente várias vezes na semana quando tava puto
porque não conseguia entender o que o atacava por dentro.

Mamãe e os peixinhos queriam ser felizes,
e ela surrada de duas a três vezes na semana
me dizia pra ser feliz: "Henquire, sorria! Por que você não sorri?"

E aí ela sorria, pra me mostrar como se deveria sorrir, e aquele
sorriso era o mais triste que eu já vi

Um dia os peixinhos morreram, todos os cinco,
eles boiavam na água com os olhos abertos e
quando meu pai chegou ele jogou eles pro gato
no chão da cozinha enquanto a gente olhava e mamãe sorria




(Charles Bukowski - tradução de Caio Costa Louback)












Não podemos partir, esperamos por Godot.